domingo, 22 de agosto de 2010


Sobre coisas que eu não gosto e curiosidades sem sentido

"A curiosidade é mais importante que o conhecimento"
Albert Einstein


        Esses dias, indo para a faculdade, passei por uma situação de estresse intenso muito corriqueira. A cena: ônibus abarrotado, calor e - o que realmente me incomoda - velhinhos de pé e homens saudáveis sentados fingindo que não estão vendo nada. Não acho que seja só uma questão de gentileza, vai muito além disso, é bom senso mesmo! São idosos, mulheres carregando crianças, grávidas, entende? Pessoas que, certamente, tem menos condições que você de ficar submetendo os joelhos aos solavancos do transporte público.

        Não sou politicamente correta 100% do tempo (duvido muito que alguém seja), mas gosto da idéia de "não faça aos outros o que você não gostaria que fizessem à você". Se todo mundo pensasse assim, talvez esse aqui fosse, senão um mundo melhor, pelo menos um pouco mais civilizado. Mas está bem, bem, longe de ser tudo da cor rosa que eu pintaria.

        Tenho raiva de gente que joga lixo na rua. Desde o papel do halls até a latinha de cerveja, usando o discurso vazio de que "latinha pode, as pessoas recolhem isso". Bituca também. Sinceramente não entendo qual é a dificuldade em apagar o cigarro e jogar na lixeira. Vocês sabiam que uma bituquinha demora mais de 15 anos para se decompor? 15 anos! (leia isso como um grito alucinado meu!) Todo ano, 4,5 TRIlhões (outro grito) de bitucas são jogadas por aí.

        Vi em uma matéria, uma vez, que, só em São Paulo, são recolhidas 300 toneladas de lixo por dia! Eu, sinceramente, não consigo sequer imaginar como seja. Já viram Wall-e? Recomendo! Mesmo porque, mais do que um desenho - longe de ser para criança - , considero quase uma previsão catastrófica do futuro! (redundância?) A idéia é mais ou menos essa: A humanidade lotou a Terra de lixo, a ponto de não ter mais condições de viver por aqui. Aí, construíram robôs, que deveriam limpá-la, enquanto os bonitos viajavam pelo espaço.

        Fico assustada quando penso em como as coisas podem ficar. Hoje em dia, fala-se tanto em desenvolvimento sustentável, mas, ao mesmo tempo, tem um golfo dentro da mancha de petróleo lá no México, sabe? (trocadalho do carilho) Os resíduos tóxicos estão dispersos em cerca de 35 quilômetros de mar!!

        Uma pausa no papo indignado... Falando em mar: Vocês sabiam que bacalhau não é peixe? Vou até colocar isso em negrito. Não é! Você não pesca um bacalhau, não existem cardumes de bacalhau. Bacalhau é, na verdade, o resultado de quatro tipos de peixe - esses sim, de verdade - depois que foram devidamente salgados! Muito mágico, minha vida se divide em antes e depois de descobrir isso.

        A propósito, a vida é uma coisa tão "esquisita". Já parou para pensar na quantidade de possibilidades que são jogadas na sua cara todos os dias? Se você está andando na Avenida Paulista, às 11 da noite, e prefere ir a pé do Trianon até a Consolação, sua vida toma um rumo. Você pode ser abordada por um bando de crianças loucas que, mais do que  levar seu celular embora, somem com sua dignidade e deixam aquele vazio que a sensação de impotência preenche tão bem, sabe?

        Agora, se você decide ir de ônibus, metrô, carona, bicicleta, o resultado é outro, completamente diferente. Escolhas! O tempo todo a gente faz escolhas que mudam o rumo de tudo! Já viram Corra, Lola, Corra? O filme mostra bem isso que eu tentei dizer, mas que ficou meio confuso. A Lola, personagem principal, tem um problema para resolver e, cada atitude que ela toma, reflete de um jeito no resultado. Assistam.

        Ah! O começo de Magnólia também é genial. Não tem nada a ver com escolhas, eu lembrei porque, sei lá! Lembrei! Tem uns seis minutos de vídeo, mas vale o tempo dispensado. O narrador fala sobre como as pessoas têm suas vidas atreladas à de outras. Como um evento pode estar ligado a outro e, eu, particularmente, não confio muito em coincidências... Nunca fui adepta do acaso... "This was not just a matter of chance, these strange things happens all the time".
       

Um comentário:

  1. Bom, ando lendo suas “loucuras”, até porque um dia já fiz parte delas. E quando me deparei com a frase: vocês sabiam que bacalhau não é peixe... me lembrei de um dos dias que mais ri nessa vida. Eu, você, minha irmã, o Victor, o Vireka e o Marqueti, não sei porque na casa do Renato (???), discutindo sobre teorias inexplicáveis dessa vida e rindo como se fosse o último dia dela. Sei que você tem uma memória furada, mas acho que nem eles esqueceram disso. Hahaha! Beijos!

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