Desabafo fora das quatro linhas
Começo esse post com uma frase do treinador Bill Shankly: "O futebol não é uma questão de vida ou de morte. É muito mais importante que isso". Os são paulinos hoje (ontem os santistas), mais do que nunca, entendem o significado da citação.
Dia de decisão é dia tenso. Você acorda, trabalha, almoça e respira pensando nisso. Não, não pense você, que não gosta de futebol, que isso é fanatismo, é bobagem... "Jogo? Jogo é tudo igual". Longe disso! Nunca solte essa frase perto de mim. Mesmo porque, é um dos poucos esportes em que o melhor nem sempre vence e é isso que tanto prende e encanta o torcedor. (o famoso clichê? futebol é uma caixinha de surpresas?!)
Hoje tem jogo da Libertadores, SPFC e Internacional. Mesmo adversário que nos venceu em 2006. Gosto de revanche? Totalmente! Talvez... Mas muito mais que isso, é o jogo que nos leva ao Mundial, é o jogo que nos dá a possibilidade de mais um título.
Não vou me alongar falando de regras, de jogadores, de estar enlouquecendo porque não fizemos gol fora de casa... Enfim! Quero compartilhar com vocês um dos defeitos que mais me incomoda: Ser ansiosa demais. E quando digo demais, é muito mesmo, em proporções inimagináveis.
Segundo uma matéria, antiga até, da Superinteressante, "ansiedade é um sentimento típico de quem vive no futuro, se preocupando com as coisas que ainda vão acontecer". Perfeito! Quem é ansioso sofre duas vezes, antes e durante (o depois fica por conta de cada um). Some isso ao fato de que nós, mulheres, não produzimos, com regularidade, os hormônios estrógeno e progesterona, duas substâncias calmantes e antidepressivas, e, pronto: Você tem a perfeita fórmula da loucura com pernas!
Pelo que eu li (esse é o link da matéria, recomendo) a ansiedade está relacionada ao nosso sistema límbico. Fui pesquisar - a curiosidade ainda me mata - e ele está relacionado ao hipocampo, hipotálamo, um monte de hipo e, - pasmem - às nossas amígdalas.
Teoricamente, (e leia BEM esse teoricamente) lesões nas amígdalas podem fazer com que as pessoas percam a percepção afetiva vinda de fora, ou seja, você, por exemplo, reconheceria uma pessoa, mas não saberia se gosta ou não dela.
Não tente operar, por favor, como a Jane Goodale no filme Alguém Como Você (o original é Someone Like You e esse é o trailer). Esse, aliás, é um ótimo filme água com açúcar, mulheres loucas como eu devem assistir, rola uma identificaçãoabsurda, fora que rende boas risadas e, comentário feminino fútil, o Hugh Jackman é o Hugh Jackman.
Não tente operar, por favor, como a Jane Goodale no filme Alguém Como Você (o original é Someone Like You e esse é o trailer). Esse, aliás, é um ótimo filme água com açúcar, mulheres loucas como eu devem assistir, rola uma identificação
Por hoje, that's all, folks, (permitindo o plágio do fim dos desenhos). Escrevi demais, não sei se as idéias ficaram claras, mas, tentei!
São Paulinos, muita calma nessa hora, nosso papel de torcedor é ter esperança até o apito final! É óbvio, mas preciso dizer que "o jogo só acaba quando termina".
Mulheres com algumas decepções, assistam Alguém Como Você e me contem o que acharam depois. No mínimo, vão gostar do filme.
Pessoas ansiosas... Bom, para vocês e para mim, não tenho recomendação nenhuma, a não ser: Arrume um saco de papelão. Faz bem respirar nele quando se "hiperventila", acredite. Aumenta a quantidade de gás carbônico no sangue o que alivia a falta de ar...
Concordo! Não acordei ainda porque nem dormi. Talvez, independente do resultado de hoje, nem durma de novo de tanto relembrar o que aconteceu no jogo. Com o São Paulo é assim, e se alguém tentar me convencer do contrário. Paixão! E rumo ao mundial. Amanhã teremos mais um carimbo no passaporte.
ResponderExcluirOlha só, perdi a oportunidade de te detonar quando o SPFC foi 'humilhantemente' eliminado...
ResponderExcluirSou extremamente ansioso também. E o pior: de tanto trabalhar em cima disso, acabei convertendo isso em não-ansiedade.
Por exemplo: fico pilhado querendo comprar algo. Compro. Já cheguei a ficar no telhado olhando para a rua esperando o motoqueiro entregar.
Trabalhei tanto esse sentimento que hoje a coisa chega e eu encosto em algum lugar, não abro. Ou esqueço de cobrar a entrega, como aconteceu com um produto da Microsoft que esqueceram de enviar e só cobrei seis meses depois. Aliás, o pacote está lacrado em casa há mais de um ano.
É tão tosco quanto. Ou pilho ou desencano.