terça-feira, 21 de dezembro de 2010


"Às vezes me preservo, noutras, suicido"
Zeca Baleiro, Flor da Pele

       
        Sou louca por luzes de Natal! Tudo fica bonito, simpático, receptivo. Por outro lado... Não me agrada, de todo, o "clima fim de ano no ar". As pessoas parecem mudar do nada! De repente, todo mundo quer tirar gato de árvore, escrever um livro e reciclar o lixo de casa! Porque raios não fazer isso o ano todo? Precisa ser assim só na última quinzena?

        O começo de um ano tem seu lado bonito, sabe? Essa coisa mágica de renovação, de acreditar na sustentabilidade, que a água potável no mundo nunca vai acabar, as geleiras não vão derreter, o buraco da camada de ozônio vai se auto-tampar (?!), as coréias não vão se explodir, o Assange foi preso, claro e somente, acusado de crime sexual... Detesto trazê-lo para realidade, meu bem, mas passagem de ano é só... Passagem de ano! A data pode até incitar as pessoas, mas, raramente e é constatado, as mudanças ocorrerão em vias de fato.

        Não, não sou pessimista. Só acho que uma dose de realidade não faz mal à ninguém. Considero válido e essencial ter esperança e ser otimista, mas existem limites e, infelizmente, nem tudo na vida são flores. É preciso encontrar um meio termo entre otimismo e pessimismo. Claro que eu estou anos luz desse pontinho mágico de equilíbrio, mas "façam o que eu digo, não façam o que eu faço".

        Em três parágrafos consegui falar sobre dois pontos de vista e não me decidi por nenhum deles! Estou visivelmente em cima do muro, mas erguendo a bandeira do equilíbrio porque eu sei o que é ideal. O difícil é chegar lá! 

        Meu conselho demagogo da segunda quinzena de dezembro é que você leve para seu 2011 algumas verdades que considero inescapáveis:

* As situações mudam, as pessoas nem tanto.

* Preserve sempre a relação com seus pais, somente (somente mesmo e de fato) eles estarão do seu lado incondicionalmente em qualquer situação.

* Se apegue à alguma crença, não importa se é católica, espírita ou do maradona... Acreditar em algo maior nos da força para acordar no dia seguinte quando o copo parece meio vazio.

* Se não tem o que dizer, simplesmente não fale. O silêncio, muitas vezes, é a melhor opção e companhia.

* Peça desculpas quando estiver errado. Explodir é um problema, mas não reconhecer um erro é muito pior.

* Nunca minta. Cazuza que me perdoe, mas mentiras sinceras não interessam à ninguém e, quase sempre, estragam tudo.

* Ria muito de todos os tipos de bobagens com pessoas que você ama, esses momentos (e os chás) nos fazem viver mais.

        Conselhos de "Filtro Solar" à parte, encerro esse post desejando um ano melhor à todos, afinal, como já dizia Mário Quintana, "A esperança é um urubu pintado de verde"...


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010


O pior do sapo é o gosto que ele tem

"Seja isso bom ou não, o fato é que, às vezes, quebrar alguma coisa é também muito agradável"
F. Dostoiévski


          Detesto quando as coisas não ocorrem da maneira como EU planejei, não gosto dessa sensação de "fora do controle". Agora, veja você que ironia do destino, sou a personificação do descontrole com pernas. As vezes, tenho a impressão de que sou duas pessoas embaladas em um só pacote.

        Queria entender como raios dois sentimentos completamente opostos conseguem ocupar a mesma cabeça. Exemplo: Ao mesmo tempo que acho absurdo (para não dizer prejudicial) não ter equílibrio emocional, gosto de ser assim.

        Acabei de ler que a pressão arterial sobe durante um acesso de raiva, o famoso "ataque de pelanca", e permanece alta até uma semana depois, atingindo picos toda vez que o sentimento volta à memória. Preciso dizer até quando minha pressão vai variar? A latinha vai explodir semana que vem....

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010


Eis o mistério da fé...

"O esquimó perguntou ao missionário:
' Vou para o céu ou para o inferno?'
O missionário disse:
'Para o céu'
'Eu iria para o inferno se não soubesse nada sobre isso?', perguntou o esquimó.
'Não', respondeu o missionário.
O esquimó disse:
'Por que, então, me contou sobre o inferno?'
Pense nisso"
do livro Explicando Deus numa corrida de Táxi

       
        Não costumo comprar coisas pela internet, mas a necessidade incontrolável de me render às maravilhas do pen drive somada ao combo trabalho/faculdade/treino me deixaram de joelhos. "Já que vou comprar isso, porque não aquilo?", ahhhh o consumidor... Acabei por pedir um livro do Paul Arden - Explicando Deus numa corrida de Táxi.

        As encomendas chegaram ontem e, hoje de manhã, resolvi dar uma chance para o autor. O livro não chega à 130 páginas, é pequeno, breve, bom papel e muitas ilustrações; estilo aqueles da coleção "Um Dia Daqueles", sabem? Ainda não terminei, mas li o trecho que está lá em cima e fiquei pensando...

        Somos, desde sempre, compulsivamente maniqueístas, ou seja, atrelados è essa dualidade doentia entre BEM e MAL, o Deus ou o Diabo. Quando você é criança, se estuda, é boa menina, se prefere ver TV, é má. Ok. E o meio termo onde foi parar? Todo mundo é bom e ruim, ora um, ora outro, mas sempre os dois. Mas, não era sobre isso que eu queria falar... Déficit de atenção.

        Ainda sobre a mania de dualidade, se existe, de fato, um único Deus e um só Diabo, e, se eu não acredito em inferno... Para onde vou se for ruim? (Acho importante acreditar que o clichê vida-após-a-morte é verdade, senão, de certa forma, tudo perde a razão de ser) Se o esquimó não acredita no inferno, porque ter consciência da possibilidade de sua existência?

        Sabem? Eu acredito em Deus, mas não em paraíso, e sou dada às idéias de reencarnação. Me considero católica, mas não 100% já que a Igreja nega a possibilidade de outras vidas.

*Parentêses: Se uma criança nasce sem os braços, deve ter um porquê, na verdade, eu ESPERO que tenha, senão, o que o Constantine diz (o filme do Keanu Reeves, muito bom aliás) é verdade: Deus é uma criança com um aquário de formigas.

        Não acredito em inferno (mas que bruxas existem, elas existem?), acho, na verdade, que ele é aqui. Temos pais molestando filhos, adolescentes seqüestradores e assassinos, pessoas que tiram o escalpo de cachorros, crianças passando fome... O que mais falta de ruim para se configurar o inferno? Se ele existe, de fato, melhor nem pensar, então.

        Destino é outra coisa engraçada, há quem acredite, há que negue com veemência. Eu tenho uma analogia própria - acho que própria - de vida e destino: Tudo é um jogo de xadrez. O objetivo é o cheque-mate, mas, para chegar lá, você tem 'n' opções e, cada uma delas te leva a 'n+1' de outras possibilidades. De, certa forma, um destino já está traçado, o que muda é a maneira de fazer o check-point.

        E aí dizem: "Mas então não temos o controle" e blá blá blá whiskas sachê. Temos, claro, você pode viver a vida de um jeito ou de outro completamente diferente, só que ambos os caminhos te levam para o mesmo lugar.

        Ah, cada um tem suas convicções... Não sou eu quem vai mudar a de ninguém e muito menos o "vice-versa". (Sou cabeça dura nata, meu bem) Mas sou contra isso de que religião, política e futebol não se discute. Poxa, por que não? Nada como debater idéias! Assumo que as vezes quase sempre me descontrolo se sou muito contrariada, mas, de fato, um descontrole saudável.

        Se falar já é difícil, pensa escrever sobre... É que eu queria colocar esse trecho, não achei que a dissertação ficaria longa. Mas, se até uma conversa sobre aquários pode se alongar pelo dia todo, quiça isso de religião...


obs: impressionante como eu gosto de reticências! e, não! não me renderei a nova ortografia! trema é o xadrez frisson da língua portuguesa!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010


Matando o tempo cinza

 
        Não tem jeito... Bastou pingar no asfalto em SP e tudo pára. Para ajudar, tem show no Morumbi hoje, ou seja, basicamente, acho que dormirei no trabalho. Isto posto, não estou inspirada para escrever absolutamente nada - esse tempo de chuva me dá absurda preguiça de viver - mas queria dividir com vocês esse documentário: Ilha das Flores...
       
        Já viram? É muito bom, recomendo. O jeito de contar a história é brilhante e o conteúdo choca horrores. Pelo menos, espero que choque vocês, afinal, acho que é essa capacidade de se indignar com as coisas que nos faz menos imbecis e mais humanos. (humanos nao é a palavra que melhor encaixa, mas não encontrei outra)

        Fico um pouco indignada com as notícias nas homes, tipo "aluno espanca professora com barra de ferro depois de saber nota de prova" , "jovem é agredido na Avenida Paulista" ou "35 pessoas mortas em arrastão"... E daí para baixo... Quero pegar leve, ainda é segunda feira. E as pessoas lêem e dizem: "Só mais um assalto", "só mais uma agressão"... Espera, como assim? Essas coisas não podem ser consideradas banais! Em que momento todo mundo ficou anestesiado emocionalmente à esse tipo de notícia?

        Sabe? Demagogia está longe de ser meu santo de devoção, o tipo Sônia Abraão me provoca enjôo recorrente, mas complicado perceber como as coisas estão, não? Me assusta um pouco pensar em como pode ser lá na frente... Do jeito que está, não há John O'connor que aguente.... Ou Wall-e que limpe a barra...


obs: vai FLU!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

E coloco o que de título?

"Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer, mas acha
que deveria querer outra coisa"
Mário Prata

        Sempre falam: "O que seria do azul, se todo mundo gostasse do vermelho?". A frase só muda de cor e de interlocutor, a idéia sempre é a mesma. Bobagem. O mundo seria muito melhor e eficiente se só existisse o azul! (Ou só o vermelho?) 

        Opções são um prato cheio para librianas loucas como eu, a melhor forma de re-descobrir que decisão é um parto! E normal, diga-se de passagem. Na verdade, o problema não é só a decisão em si, é tudo que a envolve. O antes me incomoda horrores... O fato de passar dias e dias remoendo algo que ainda vai acontecer ou, talvez, nem isso! Não sei porque as pessoas (aqui, obviamente, me incluo dos pés ao último fio de cabelo ruim) pensam tanto em possibilidades.

        Acho que, dentre as alternativas, cada ser humano deveria ter o direito de optar por duas, no mínimo! Quem sabe melhor de três. Assim, todo mundo aproveita o melhor dos dois mundos e, quem sabe, vê o que realmente importa. Está no terceiro ano e tem que escolher uma carreira? Ok, tente jornalismo e engenharia. Passe três meses com uma, três meses com outra, depois opte! Te chamaram para um novo emprego? Perfeito. Vá, fique dois meses, não gostou? Volta.

        Experimentar é a redescoberta da roda!

        Não sei se as coisas funcionariam caso as pessoas não tivessem o peso da decisão nas costas, mas, sem dúvida, o mundo refletiria a leveza da escolha mais acertada, com 100% de certeza. Se iria ter graça? Não sei, mas eu teria menos gastrite....
       

sexta-feira, 22 de outubro de 2010


Viva a estabilidade, a violência no cinema e o sábio Capitão Nascimento

"Só tem paz quem aprende a viver na guerra"
do filme Tropa de Elite


        Sofro de um mal: Não gosto de mudanças, enlouqueço com elas. Na verdade, vou retificar: Não gosto de mudanças ATÉ que elas aconteçam, acho que é mais por essa linha de racíocinio... O novo sempre assusta, sem dúvidas, e é difícil saber lidar com todos os sentimentos provocados pela possibilidade de mudança. Admiro quem tem esse controle que eu, no caso, considero um dom!

        Acho estranho quem diz: "Adoro mudar, odeio rotina...". Sabe? Sendo sincera, eu aprecio rotina, sim. E, de acordo com o Instutite Data Adriana Way of Life, 75,89% das pessoas que falam isso querem chamar a atenção e parecer mais "descoladas" (gíria de velha total) aos olhos dos outros.

        Claro que eu gosto de sair da rotina, vez ou outra, mas nada como um belo planejamento. Não gosto quando as coisas saem do meu controle. (Mal de libriana, será?) Mudanças são boas, até mesmo quando são ruins. O clichê de "só aprendemos errando" é verdade absoluta. Ninguém passa por alguma experiência e saí com saldo totalmente negativo. Isso considero importante: Erros são essenciais para quem quer chegar ao certo.

        Enfim, mudanças à parte, viram Tropa de Elite 2? Definitivamente, o Capitão Nascimento (se você não sabe quem é, por favor, morra) é um dos meus santos de devoção! Não sei se enlouqueci mais no cinema vendo esse ou Os Mercenários (esse, terá um post próprio!!!!). Estou decidindo... Páreo duro! Recomendo os dois.

        Sim, me encanto com brigas homéricas, chutes, tiros, massacres e qualquer tipo de violência gratuita nas telas. Não por acaso, meu preferido na vida é o Tarantino. Discordo quando dizem que filmes violentos, jogos como GTA e similares incitam as pessoas a serem violentas na "vida real". Todo mundo tem uma veia violenta... Quem nunca quis ser o Michael Douglas em Um Dia de Fúria? Quebrar a loja inteira e depois deixar o troco? Agora, o que nos difere de bandidos e assassinos é justamente isso: Não colocar essa violência em prática. Não é um jogo que vai fazer do seu filho de nove anos, um assaltante de bancos. Considero cinema válvula de escape.

        Mas, não era sobre isso que eu queria falar! Era sobre o Tropa 2... Gente, genial! Sou suspeita para falar, mas não tem como não gostar. É bem diferente do primeiro, tem outro estilo, o problema da violência no Rio é tratado na esfera política e esse gancho é perfeito. Ver o Capitão Nascimento na Secretaria de Segurança faz qualquer um delirar! ("Eu não caí para baixo, parceiro, caí para cima") Apenas duas coisas me incomodaram MUITO no 2. Primeiro: Não foi dessa vez que a rebelde sem causa da ex-mulher dele morreu, mesmo com tanta torcida minha. Segundo: Uma morte, em especial, me revoltou. Não vou falar porque senão perde a graça para quem não viu. Mas, quem me conhece, vai saber.

        Ademais, recomendo a leitura de um dos posts do Reinaldo Azevedo da semana passada, falando sobre o episódio de agressão ao Serra. Rubrico quando ele diz que "a retórica do presidente sempre foi e continua a ser a de um chefe de facção". Segundo turno esse final de semana, as pessoas precisam repensar a idéia de PT. 

        Encerro por aqui... Há tempos não escrevia, total falta de tempo, preciso e vou, um dia, me organizar melhor. Coisas boas acontecendo e por vir... Amém, São Jorge. Aliás, outra coisa... São Paulina roxa sempre, São Jorge não tem nada com esse tal de Corinthians. Sempre digo que, quando eu morrer, ele, entre lágrimas, irá me dizer que não sabe porque as pessoas o associam ao "Timão". haha Note: ENTRE LÁGRIMAS.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010


Inutilidades de uma sexta feira qualquer


        Há tempos não posto nada, mas, tentando me justificar, fui surpreendida por um cansaço mental sem precedentes, fora - confesso - a total falta de assunto. Não pensei em nada para escrever, mas queria matar um pouco o tempo. Isto posto, vamos falar sobre algumas bobagens que me intrigam vez ou outra...

        Primeiro: Porque as mulheres sempre aparecem felizes nas propagandas de amaciante ou de sabão em pó? Será mesmo que existe ALGUÉM nesse universo que fica feliz lavando roupa? Tudo bem, não vão vincular o produto, a marca, à algo ruim, claro, mas também não precisa parecer que isso é o clímax da semana, convenhamos.

        Segundo: Como assim nem todo mundo sabe o que é ebola? Quando eu estava no colégio, era o assunto frisson da semana, do mês, do ano! Histórias sobre macacos em cavernas que contaminaram um homem... (risadas incontroláveis) Mas, sério, verdade mesmo, o impacto ebola pode ser facilmente igualado ao 11 de setembro, pelo menos na minha memória! (Aliás, eu estava em uma aula de Física quando as torres foram atingidas)

        Também, o que pode ser mais assustador para uma criança (adolescente? eu estava acho que na quinta, quarta série?) do que uma doença que, sei lá, em menos de um mês, faz todas as mucosas do sujeito sangrarem? E aí não adianta fazer transfusão de sangue porque a doença prejudica a capacidade de coagulação. E então, ele morre porque todos os seus órgãos se "diluíram"? Vamos dar um desconto, a internet não era super acessível como hoje, a gente se impressionava com bobagens e a Daphne juntava todo mundo para contar que o pai dela conhecia bem a África, que a doença iria se espalhar pelo mundo e seria o apocalipse! A Daphne, no caso, era uma menina da minha sala. Loirinha safada! (mais risadas incontroláveis)

        Terceiro: Não, gente, eu não quero ganhar dinheiro trabalhando em casa nas horas vagas... Também não quero aumentar o tamanho do meu pênis. Na verdade, pasmem, eu nem tenho um, no caso. Também não quero ver as "fotos que a gente tirou no final de semana RS RS RS"... Jesus! De onde sai tanto SPAM? Será que ainda tem gente inocente que caí nessas e clica nos links? Se bem que, agora, não precisa nem clicar, é só passar o mouse em cima. (sim, falo isso com relação ao "boom viral" do Twitter na segunda feira)

        Quarto: Não entendo algumas abreviações feitas. Porque tem gente que insiste em escrever "mto", ao invés de "muito". Não faz sentido abreviar uma palavra de cinco letras com três... Faz? O "certo" seria "mt". Ou, então, "tbm" em detrimento de "também".. Porque o m?

        Quinto: Notícia muito comum é "aluno desrespeita e xinga professora em sala de aula". Os comentários, igualmente comuns: "Marginal, sem educação, fruto da escola pública". E aí, esses dias, a única notícia veiculada: "Neymar xinga capitão e técnico do Peixe". Comentários: "Ele não tem maturidade ainda, temos que entender, é só uma criança despreparada". Qualquer semelhança é mera coincidência? Porque passam a mão na cabeça de um e apedrejam o outro? Isso só prova que tudo depende do ponto de vista e do referencial. Alô? Você ganha milhões por mês? Sim? Então, tudo bem, adolescente rebelde, pode extravasar sua raiva, a gente entende e, claro, concorda, faz parte! (?!?!?!) Ninguém faz idéia de como fico revoltada com essas coisas....

        Por hora, só isso que eu tenho a dizer. (Não gosto de finais sem arremates devidos, mas não consegui pensar em nada para esse)

        Ah! Assistam REC 2 (o trailer é um pouco fraquinho...)! Quer dizer, isso se você é, assim como eu, tarado em filme de zumbi! Senão, passe longe da sala de cinema. Eu achei interessante, dá uns sustos, fora que tem uma linha de racíocinio que mistura "doença impossível de comer pessoas" com religião, achei inovador! Mas sou muito, muito suspeita para falar.


*adendo desnecessário: enquanto escrevo, falo com uma das minhas muitas metades, vulgo, Pedro, e estou comentando com ele sobre a doença.. Frase dele para essa que vos fala: "Você ja teve ebola, certeza, você tem muitos problemas e podia viver em uma ilha". Tudo bem, e eu que não sou normal?
       

sexta-feira, 3 de setembro de 2010



Verdades inescapáveis e  como esquivar de bobos, fofoqueiros e pessimistas


        Reparei esses dias: Pessoas que mantém uma foto delas, sozinhas na tela do celular, me intrigam. Muito. Assim, se você tem uma foto sua com outra pessoa, com o seu cachorro... Sei lá! Entendo perfeitamente, simboliza um momento, alguém importante, enfim, você se sente bem ao olhar essa imagem. Agora, e as fotos sozinhas? Representam o quê?

       Narciso, reza a mitologia grega, apaixonou-se pelo próprio reflexo no lago - morreu afogado, mas isso não vem ao caso - e, daí surgiu a idéia de "narcisismo", à grosso modo, são as pessoas que se amam demais, se olham demais e similares. Li que essa palavra vem do grego "narke", cujo significado é algo como o nosso "entorpecido". Total sentido, não? O sujeito fica anestesiado com sua auto-admiração.

        Seriam, então, as fotos sozinhas nas telas dos celulares, dos computadores e nos porta-retratos das mesas de trabalho uma manifestação de Narcisismo Pós-Moderno? (licença poética para me fazer entender)

        E por falar em modernidade, (?!) porque as pessoas compram tanto pela internet? Ninguém mais quer sair de casa? As vezes, acho que deve ser, não só pela comodidade, mas pelos descontos. Sempre me falam para assinar esses serviços de "locadora virtual". Muito mais barato, você fica o tempo que quiser com o DVD e blá, blá, blá. Não quero! Amo aquele ritual de ir à locadora, olhar os mesmos filmes, espiar as mesmas sinopses e escolher o que quero levar. A tela do computador me cansa, para falar a verdade.

        Aliás, algumas pessoas me cansam. Muito difícil eu não gostar de alguém, agora, se isso acontecer, impossível me convencer do contrário. Acho que, além de ser a filha inteligente, sou a que herdou os genes de cabeça dura. Prefiro seres humanos irritantes do que os bobos. Aliás, considero bobo o pior dos xingamentos (tirando aqueles que se referem à mãe, pai e irmã, claro!). Isso porque o bobo não é capaz nem de incomodar! Nem raiva dá na gente, acho tenso dizer que alguém não tem a capacidade de despertar nada em você. Meu conselho é apenas relevar, não vale perder tempo com pessoas de profundidade equivalente à um pires! (Não, não sou arrogante, mesmo que tenha parecido!)

        Agora, fofoqueiros e pessimistas me irritam até o último fio de cabelo ruim! Porque você não consegue ignorar, eles querem te contar, se lamentar, eles te CONSOMEM! Se você está de bom humor, não se engane, 15 minutos de conversa e o pessimista ou te deprime, ou te irrita! Estou incrivelmente longe de ser otimista, muito pelo contrário, mas não sou de me lamentar, mesmo porque, não resolve nada, bobear, até piora! Sem falso moralismo, claro, porque fofoca, uma hora ou outra, se levarmos o conceito ao pé da letra, você acaba fazendo. Mas tem gente que faz disso quase uma filosofia de vida, nunca vi coisa igual! Não, não quero saber se a colega de classe da prima da sua vizinha é danada! (cara, danada é uma palavra que me faz rir muito!)

        E é isso! Vamos rir, que é o que nos resta! Não faz bem se levar muito a sério! A maré não está boa? Calma, uma hora ela melhora... Caso contrário, talvez você só precise olhar as coisas por um outro prisma, afinal, já dizia Antoine de Saint-Exupéry: "Para enxergar claro, basta mudar a direção do olhar".

        (...)

        Final de post filosófico e de auto-ajuda à parte porque, claro, isso não combina, nem de perto, comigo... Vocês já viram Hooligans? (trailer aqui!) Sensacional esse filme! Quem gosta de esportes, vai amar as cenas em que eles cantam os hinos e tal. É HIPER violento, dá vontade de sair chutando todo mundo por aí, não que isso seja certo, claro... Recomendo totalmente! Você vai ver que o Elijah Wood é muito mais que o Frodo Bolseiro. "What I was about to learn no school in the world could teach me"

        E se você não sabe quem é o Exupéry, corre e lê O Pequeno Príncipe! É muito bom, de verdade mesmo. E não, não está na linha Fernão Capelo Gaivota... É mais interessante e mais bonito de se ler (?!), de verdade. Mas, que fique claro, eu gostei do Fernão!
       

segunda-feira, 30 de agosto de 2010


Tentativa fútil de equilibrar a balança


        Esses dias, no ponto de ônibus, fiquei pensando em coisas que eu gosto de fazer. É um bom exercício, aconselho. A gente percebe que fica feliz com coisas pequenas. Resolvi escrever algumas aqui. Vai ficar besta? Sim. Inútil? Totalmente. Mas me deu vontade.

 
        * Gosto de cinema. As vezes, (e olha que não é raro) vou sozinha. As pessoas reagem: "Nossa! Que triste, que sem amigos", discordo. Brasileiro que tornou cultural ir ao cinema acompanhado. É algo que se pode fazer perfeitamente sozinho. Você não vê filme em casa? Cinema é mil vezes melhor.

        * Gosto, e muito, dos filmes do Tarantino!

        * Sou enlouquecida em três seriados: Lost (corre uma lágrima pelo meu rosto saudoso), Supernatural e Lie to Me. (Não, 24 horas não é seriado. Se vc acha que o Jack Bauer é genial, procure por Chuck Noris)

        * Gosto de tomar cerveja em bar que tem mesa e cadeira de plástico. São os garçons mais simpáticos e as melhores saideiras.

        * Gosto de futebol - na verdade, acho que gosto só do SPFC - e de handball... Mas assim, muito!

        * Pessoas com cílios longos me agradam. Segundo pesquisa, os seres humanos mais bonitos são aqueles que têm cílios compridos. (Não, não tenho cílios compridos. Sou a filha inteligente)

        * Sou noveleira nas horas vagas, alucinada em um Manoel Carlos. Confundo todos os personagens, histórias, esqueço tudo.. Mas gosto, mesmo assim! Mexicanas também, eu vi todas as marias... Do Bairro, Mercedez, do Mar... Todas! E A Usurpadora também!

        * Gosto de pessoas divertidas, muito mais do que das inteligentes.

        * Não sei se gosto de rotina, mas mudanças me assustam. Geralmente elas são boas, mas, até acontecerem, sempre me deixam a beira de um ataque de nervos.

        * Sou louca nos filmes do Stallone. Rocky é mais que filme! Tem também o Rambo, o Stallone Cobra, Daylight, (quem mais entraria em um túnel prestes a ser inundado para salvar pessoas?!) O Juíz e, o clássico: O Demolidor! Alguém, por favor, um dia, me conte como raios as três conchas são usadas?!? Ia comentar sobre os filmes, mas decidi que vou fazer um post só sobre o Stallone.

        * Gosto de falar, mas assim, muito também! (geralmente ninguém me entende, porque emendo um assunto no outro sem dar aviso prévio)
 
        * Maluca nos meus pais, na minha irmã e no Théo.
 
        * Gosto de remédios. O ser humano não foi projetado para sentir dores. Ameaçou ter dor de cabeça? Tome aspirina.
 
        * Amo frases de efeito. ("Os homens, em geral, julgam mais com a vista do que com o tato. Eis que ver é dado à todos, sentir, à poucos. Todos vêem o que pareces ser, poucos sentem o que és". A minha preferida na vida, do Maquiavel, em O Príncipe)

        * Gosto e, confesso, acredito em horóscopo e em "significado dos sonhos".

        * Não vivo sem fones de ouvido. Acho que essa invenção compete, facilmente, com a roda.

        * Gosto de animais, muito mais do que de pessoas.

        * Gosto do Jô, casaria com ele. É um homem muito inteligente e ninguém no mundo compete com aqueles óculos e gravatas dele!

        * Ironia e sarcasmo me apetecem. São as melhores conversas e piadas.

        * Gosto de tomar banho e escovar os dentes e, ambas as atividades me dão sede. (falo muito sozinha tomando banho)

        * Gosto de andar de ônibus, ou de carro e ficar olhando pela janela. (Metrô não me agrada, as pessoas não têm para onde olhar e ficam te encarando. Me sinto acuada)

        * Fico feliz fazendo Sudoku e palavras cruzadas.

        * Gosto de praia muito mais do que vou, efetivamente. Minha cor "morenacordejambo" fala por si só. Não gosto de areia... Estranho, né?

        * Gosto de ver os cardápios dos lugares e imaginar alternativas melhores. Alguns são muito confusos ou pouco estéticos. Deveriam dar mais atenção para esse tipo de apresentação. Sim, porque o cardápio não deixa de ser uma apresentação do lugar... Não?
       

        Tem muitas outras coisas, mas vou ficar por aqui. Não consigo nem pensar em um desfecho decente para esse post. Mas, acho que nem precisa, né?

 

terça-feira, 24 de agosto de 2010


Sinceramente? Por mim, bomba no mundo e começa do zero

"A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados"
Mahatma Gandhi


        Antes de começar a ler, dá uma olhada nesse link, senão, vou parecer uma maluca revoltada que só sabe reclamar das coisas (nota mental: detesto gente que só reclama e se lamenta).

        Se você não ficou com vontade de matar quem fez isso, por favor, vá para o inferno. Esse negócio de dar a outra face é muito bonito na teoria, mas, na prática, não tem sentido algum. Hamurabi é que sabia das coisas: "Olho por olho e dente por dente", que a "pessoa" (entre aspas, porque, para mim, essa coisa não é gente) responsável por essa barbaridade encontre alguém que tire seu escalpo também.

        Fico revoltada com essas coisas! Cada vez tenho mais certeza de que animais merecem mais respeito que seres humanos, aliás, estou desenvolvendo uma aversão imensa à essa espécie. Eu juro que não é demagogia, estou anos luz de ser uma Sonia Abrão da vida, mas, sério, não consigo entender o que se passa na cabeça de uma pessoa que comete essa atrocidade! Não faço idéia do autor, mas li uma frase, hoje mesmo, que caí como uma luva: "quanto mais você sabe, menos você entende".

        E pessoas que fazem rinhas? De cachorro, de galo, de passarinho, sei lá, de qualquer coisa... Quer brutalidade maior que essa? Não sei se vocês sabem, mas, um dia antes da briga, eles deixam o cachorro sem comer e, quando o colocam no ringue, passam pimenta na boca. Legal, né? Aí um monte de animal se junta para ver dois animais se matando. Cadê a graça? Acho que é doença isso, não sei!

        Quando eu era mais nova, (se falar pequena, quem me conhece, vai achar graça, tão engraçada a piada de "era?!?!") tinha curiosidade de colocar dois peixes beta no mesmo aquário, para ver se eles brigavam mesmo. Agora, olha a diferença entre uma pessoa como eu, relativamente normal, e de animais como esses soltos por aí: NUNCA coloquei isso em prática e NUNCA me passou pela cabeça realmente colocar. Foi só uma idéia idiota que surgiu sem querer na mente criativa e curiosa que vos escreve e, claro, não me orgulho disso.

        A propósito, acho que chamar alguém de animal, hoje em dia, é elogio. Animais não roubam, não matam, não xingam, não mentem... E a gente? Onde foi parar aquela racionalidade que bonito enche a boca para dizer que nos diferencia dos cachorros, dos gatos, dos bois e de todos os outros animais? Se alguém souber, me conte, porque eu não faço idéia.

        E aí, esses dias, um jornalista que muito estiMAVA, defende as touradas usando o argumento vazio - e sem conhecimento?? - de que "é mais do que uma matança de animais, trata-se, também de um ritual trágico, como os grandes sacrifícios do teatro grego, tourada é um teatro trágico, vivo, onde os dois podem morrer". (Podem ouvir aqui) Eu li, e me contem se eu estiver errada, que, antes das touradas, os animais são dopados. Realmente, palmas, Jabor, pé de igualdade total, heim??

        Para finalizar com chave de ouro, Jabor comparou as touradas ao UFC (Ultimate Fighting Championship). Com o perdão da ignorância, até onde sei, os dois lutadores entram no ringue de comum acordo, prontos, aptos e, porque não, ávidos pela briga. Agora, alguém perguntou para o touro se ele quer entrar na arena?

        Vou encerrar esse post enlouquecido, apresentando a vocês, o melhor ser humano que eu conheço: Com vocês, o amor da minha vida: Théo.


domingo, 22 de agosto de 2010


Sobre coisas que eu não gosto e curiosidades sem sentido

"A curiosidade é mais importante que o conhecimento"
Albert Einstein


        Esses dias, indo para a faculdade, passei por uma situação de estresse intenso muito corriqueira. A cena: ônibus abarrotado, calor e - o que realmente me incomoda - velhinhos de pé e homens saudáveis sentados fingindo que não estão vendo nada. Não acho que seja só uma questão de gentileza, vai muito além disso, é bom senso mesmo! São idosos, mulheres carregando crianças, grávidas, entende? Pessoas que, certamente, tem menos condições que você de ficar submetendo os joelhos aos solavancos do transporte público.

        Não sou politicamente correta 100% do tempo (duvido muito que alguém seja), mas gosto da idéia de "não faça aos outros o que você não gostaria que fizessem à você". Se todo mundo pensasse assim, talvez esse aqui fosse, senão um mundo melhor, pelo menos um pouco mais civilizado. Mas está bem, bem, longe de ser tudo da cor rosa que eu pintaria.

        Tenho raiva de gente que joga lixo na rua. Desde o papel do halls até a latinha de cerveja, usando o discurso vazio de que "latinha pode, as pessoas recolhem isso". Bituca também. Sinceramente não entendo qual é a dificuldade em apagar o cigarro e jogar na lixeira. Vocês sabiam que uma bituquinha demora mais de 15 anos para se decompor? 15 anos! (leia isso como um grito alucinado meu!) Todo ano, 4,5 TRIlhões (outro grito) de bitucas são jogadas por aí.

        Vi em uma matéria, uma vez, que, só em São Paulo, são recolhidas 300 toneladas de lixo por dia! Eu, sinceramente, não consigo sequer imaginar como seja. Já viram Wall-e? Recomendo! Mesmo porque, mais do que um desenho - longe de ser para criança - , considero quase uma previsão catastrófica do futuro! (redundância?) A idéia é mais ou menos essa: A humanidade lotou a Terra de lixo, a ponto de não ter mais condições de viver por aqui. Aí, construíram robôs, que deveriam limpá-la, enquanto os bonitos viajavam pelo espaço.

        Fico assustada quando penso em como as coisas podem ficar. Hoje em dia, fala-se tanto em desenvolvimento sustentável, mas, ao mesmo tempo, tem um golfo dentro da mancha de petróleo lá no México, sabe? (trocadalho do carilho) Os resíduos tóxicos estão dispersos em cerca de 35 quilômetros de mar!!

        Uma pausa no papo indignado... Falando em mar: Vocês sabiam que bacalhau não é peixe? Vou até colocar isso em negrito. Não é! Você não pesca um bacalhau, não existem cardumes de bacalhau. Bacalhau é, na verdade, o resultado de quatro tipos de peixe - esses sim, de verdade - depois que foram devidamente salgados! Muito mágico, minha vida se divide em antes e depois de descobrir isso.

        A propósito, a vida é uma coisa tão "esquisita". Já parou para pensar na quantidade de possibilidades que são jogadas na sua cara todos os dias? Se você está andando na Avenida Paulista, às 11 da noite, e prefere ir a pé do Trianon até a Consolação, sua vida toma um rumo. Você pode ser abordada por um bando de crianças loucas que, mais do que  levar seu celular embora, somem com sua dignidade e deixam aquele vazio que a sensação de impotência preenche tão bem, sabe?

        Agora, se você decide ir de ônibus, metrô, carona, bicicleta, o resultado é outro, completamente diferente. Escolhas! O tempo todo a gente faz escolhas que mudam o rumo de tudo! Já viram Corra, Lola, Corra? O filme mostra bem isso que eu tentei dizer, mas que ficou meio confuso. A Lola, personagem principal, tem um problema para resolver e, cada atitude que ela toma, reflete de um jeito no resultado. Assistam.

        Ah! O começo de Magnólia também é genial. Não tem nada a ver com escolhas, eu lembrei porque, sei lá! Lembrei! Tem uns seis minutos de vídeo, mas vale o tempo dispensado. O narrador fala sobre como as pessoas têm suas vidas atreladas à de outras. Como um evento pode estar ligado a outro e, eu, particularmente, não confio muito em coincidências... Nunca fui adepta do acaso... "This was not just a matter of chance, these strange things happens all the time".
       

quinta-feira, 19 de agosto de 2010


De tudo um pouco e praticamente nada sobre nada...


        Foucault dizia que deve ser dado ao "indivíduo a tarefa e o direito de realizar sua loucura". Interessante, ainda mais vindo de um livro publicado em 1979 (Microfísica do Poder). E se a idéia fosse levada em conta e todas as pessoas fossem obrigadas a exercer suas loucuras particulares - porque, claro, todos temos algumas várias, mesmo que muito escondidas.

        Se hoje em dia, as neuroses e manias já não são bem vistas, pensa antigamente. Fui dar uma olhada em algumas coisas (a boa e velha curiosidade que move meu mundo) e me surpreendi com alguns tratamentos usados na "cura". Por exemplo, vocês sabiam que, no século 5 a.C, eram feitos buracos no couro cabeludo do paciente para que - tentem não rir, a ignorância nem sempre é uma benção - os demônios (que obviamente são os que provocavam os transtornos) pudessem abandonar seu corpo??

        Tudo bem... Aí você espera que com o passar do tempo, as pessoas deixem de ter essas idéias mirabolantes. Mas, não! Aí surge um tal de Thomas Willis, um dos primeiros a escrever sobre loucura, dizendo que "disciplina, ameaças, algemas e bofetadas são tão necessárias quanto tratamento médico". O gênio aí acredita que os loucos eram como animais e, claro, porque não, deveriam aprender a ter medo e respeito (?!?!).

        Sempre vi nos filmes (um deles recente, O Lobisomem, com o genial Anthony Hopkins. Aliás, só ele para salvar um desses) pessoas sendo afogadas na tentativa de encontrar a cura. Os médicos acreditavam que, tendo as funções vitais suspensas, o cidadão teria a possibilidade de voltar a vida com maneiras "mais ajustadas de pensar". Então, o que eles faziam? Afogavam, esperavam ela retomar a consciência e afogavam de novo... Sucessivas vezes! Tudo isso porque a pessoa ouvia vozes? Achava que podia voar?

        Mania é uma coisa engraçada. Todos temos um "q" de Jack Nicholson em Melhor Impossível. Recomendo totalmente. Ele é um ator maravilhoso - falem o que quiserem, para mim, ele é o melhor coringa - e o filme mostra bem isso. Olhem só o começo. Apaga e acende a luz cinco vezes, lava a mão com dois sabonetes... Muito bom!

        Eu tenho minhas manias, quem me conhece sabe. Não entro em um lugar por uma porta e saio por outra, por exemplo. Não que eu vá me descabelar caso isso aconteça, mas evito! Não sei porque, deve ser dessas coisas que nasce com a gente, tipo cor do cabelo, altura, sei lá! Quando estou lendo um livro, paro sempre na página da direita, na segunda frase. Não sei se classifico como mania, mas, pelo menos, quando retomo a leitura, sempre sei exatamente onde estava.

        Já falei sobre ver os filmes 500 vezes? As cenas, então, nem se fala! Perdi a conta de quantas vezes já vi a cena da dança em Perfume de Mulher (se um dia eu casar, vou dançar esse tango no salão) ou as conversas entre o Campbell e o Bertier em Duelo de Titãs. "Left side, strong side"!! Poxa! Adoro filmes de times fracos que ficam fortes, de superação, qualquer coisa que envolva esportes. Se eu não caísse de amores por todos os gêneros, diria que esse é meu preferido. Mas, é mentira! Adoro os de máfia, os B, os de terror (Freddy Krueger, para mim, é uma idéia de vilão simplesmente genial! Não tem jeito, você não foge dele, ele aparece nos sonhos! E, uma hora, você vai dormir! Qualquer dia desses ainda faço minha lista top de vilões por aqui), os água com acúçar, os desenhos... Todos!

        Acho, também, que uma linha bem, bem tênue, separa as manias das superstições (palavra esquisita escrita, né?). Não passar embaixo de escada, não pegar sal da mão dos outros... Para mim, está tudo no mesmo pacote de insanidade nem sempre saudável, convenhamos. A definição perfeita é: "não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem".

        Falei demais já, não? Não sei nem mais onde estava. Fico por aqui, com algumas observações que queria fazer, mas não tentei encaixar no texto, ou porque não cabiam, ou porque me ocorreram agora. São elas:

1. Já me recuperei da eliminação da Libertadores. Só não me conformo em ter perdido para um time cujo o mascote é um SA-CI! (leia saci com indignação, as vezes, praticamente sempre, sou péssima perdedora)

2. Terça feira tive uma das conversas mais interessantes com um amigo querido. Conclusão: O que realmente importa está muito abaixo da superfície. Sim, as pessoas surpreendem, uma, duas... 50 vezes.

3. Resultado, ainda da conversa, foi a seguinte reflexão: E qual é o problema de ser vítima de vez em quando?

4. Existem, SIM, barras de cereal boas, gostosas mesmo! Recomendo a que achei recentemente, Corpo & Sabor.

5. E, confissão do dia: Acredito em ETs e acho que já vi um disco voador quando era criança.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010


Desabafo fora das quatro linhas


      Começo esse post com uma frase do treinador Bill Shankly: "O futebol não é uma questão de vida ou de morte. É muito mais importante que isso". Os são paulinos hoje (ontem os santistas), mais do que nunca, entendem o significado da citação.

      Dia de decisão é dia tenso. Você acorda, trabalha, almoça e respira pensando nisso. Não, não pense você, que não gosta de futebol, que isso é fanatismo, é bobagem... "Jogo? Jogo é tudo igual". Longe disso! Nunca solte essa frase perto de mim. Mesmo porque, é um dos poucos esportes em que o melhor nem sempre vence e é isso que tanto prende e encanta o torcedor. (o famoso clichê? futebol é uma caixinha de surpresas?!)

      Hoje tem jogo da Libertadores, SPFC e Internacional. Mesmo adversário que nos venceu em 2006. Gosto de revanche? Totalmente! Talvez... Mas muito mais que isso, é o jogo que nos leva ao Mundial, é o jogo que nos dá a possibilidade de mais um título.

      Não vou me alongar falando de regras, de jogadores, de estar enlouquecendo porque não fizemos gol fora de casa... Enfim! Quero compartilhar com vocês um dos defeitos que mais me incomoda: Ser ansiosa demais. E quando digo demais, é muito mesmo, em proporções inimagináveis.

      Segundo uma matéria, antiga até, da Superinteressante, "ansiedade é um sentimento típico de quem vive no futuro, se preocupando com as coisas que ainda vão acontecer". Perfeito! Quem é ansioso sofre duas vezes, antes e durante (o depois fica por conta de cada um). Some isso ao fato de que nós, mulheres, não produzimos, com regularidade, os hormônios estrógeno e progesterona, duas substâncias calmantes e antidepressivas, e, pronto: Você tem a perfeita fórmula da loucura com pernas!

      Pelo que eu li (esse é o link da matéria, recomendo) a ansiedade está relacionada ao nosso sistema límbico. Fui pesquisar - a curiosidade ainda me mata - e ele está relacionado ao hipocampo, hipotálamo, um monte de hipo e, - pasmem - às nossas amígdalas.

      Teoricamente, (e leia BEM esse teoricamente)  lesões nas amígdalas podem fazer com que as pessoas percam a percepção afetiva vinda de fora, ou seja, você, por exemplo, reconheceria uma pessoa, mas não saberia se gosta ou não dela.

      Não tente operar, por favor, como a Jane Goodale no filme Alguém Como Você (o original é Someone Like You e esse é o trailer). Esse, aliás, é um ótimo filme água com açúcar, mulheres loucas como eu devem assistir, rola uma identificação absurda, fora que rende boas risadas e, comentário feminino fútil, o Hugh Jackman é o Hugh Jackman.

      Por hoje, that's all, folks, (permitindo o plágio do fim dos desenhos). Escrevi demais, não sei se as idéias ficaram claras, mas, tentei!

      São Paulinos, muita calma nessa hora, nosso papel de torcedor é ter esperança até o apito final! É óbvio, mas preciso dizer que "o jogo só acaba quando termina"

      Mulheres com algumas decepções, assistam Alguém Como Você e me contem o que acharam depois. No mínimo, vão gostar do filme.

      Pessoas ansiosas... Bom, para vocês e para mim, não tenho recomendação nenhuma, a não ser: Arrume um saco de papelão. Faz bem respirar nele quando se "hiperventila", acredite. Aumenta a quantidade de gás carbônico no sangue o que alivia a falta de ar...


Futebol é assim, maloqueira de estádio desde pequena...
Vamos, SPFC!!!!
     

segunda-feira, 2 de agosto de 2010


Tentativa de introdução frustrada

"Sou composta de urgências; minhas alegrias são intensas, minhas tristezas, absolutas.
Me entupo de ausências, me esvazio em excessos.
Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos"
Clarice Lispector


        E é com a licença de Clarice que começo esse texto, porque, sinceramente, nunca li definição melhor para o que eu tenho sido em todos esses anos: puro excesso. Aliás, todas nós, mulheres, assim o somos. Exageradas, sempre um copo transbordando e, porque não dizer, loucas?

        Já ouvi muito essa frase: "Deixa de ser louca"... E não falo só de relacionamentos mal acabados, acabados ou a beira da morte. Falo de amigos, tititis, namorados, de, em geral, tudo que se movimente e seja um poço de testosterona. Mas, parando para pensar, "de perto, ninguém é normal". E comigo não seria diferente.

      Não, não pretendo escrever textos feministas ou de dor-de-cotovelo. Foi só uma introdução desfocada para que vocês entendam um pouco de como sou. Olá, essa sou eu, libriana, louca, são paulina e completamente exagerada.

      Não sei ao certo sobre o que pretendo falar em outras vezes - e pretendo escrever de novo? - só fui arrebatada por essa vontade repentina hoje. Mas, certamente, não vou escapar a vontade de escrever sobre três paixões: cinema, livros e futebol - sim, futebol. O que não quer dizer que eu veja os melhores filmes ou leia os melhores livros... Só torço para o melhor time!

      Aliás, eu vejo de tudo e gosto (pasmem?) de extremos. Por exemplo, dois dos filmes que eu mais amo (e, acredite, são muitos os que eu amo) são Rocky IV e O Poderoso Chefão III. Uma pausa para dois parênteses...


Parênteses 1: As pessoas classificam o Rocky como filme B. Ok, talvez até seja, mas vale procurar um pouco sobre os bastidores da história, como o Stallone teve que bater o pé para que ele e a paralisia facial fossem estrelas de seu roteiro. Além de consagrar uma das músicas que eu mais gosto, Eye of the Tiger. (se não ouviu - impossível - ouça agora!) O último Rocky, aliás, que tanto criticaram, para mim, é o segundo melhor da saga. Tem uma das falas mais incríveis que eu ja vi: (ah! eis outra paixão: sou tarada por diálogos e frases feitas, mantenho um apanhado de folhas e a tentativa de um caderno) quando o Rocko, para os íntimos, diz que "the world ain't all sunshine and rainbows...", mas isso já é tema para um outro texto inteiro.

Parênteses 2: Quem gosta mesmo de O Poderoso Chefão vai dizer que sou louca (?!) e que o melhor é o primeiro ou que os três são um só. Concordo com a segunda parte, mas o terceiro, em particular, me impressionou muito. O grito do Al Pacino - para mim o melhor de todos na face da terra - sem som, nas escadas do teatro... Nossa! Uma cena fantástica! (outra melhor, aliás, não por coincidência, também é com ele, em Perfume de Mulher) Mas tudo no O Poderoso Chefão é perfeito, os diálogos, o Marlon Brando, a cabeça de cavalo, o Sonny metralhado... Poderia enumerar cenas e fatos aqui até amanhã, mas, também fica para outra hora.


      Voltando... Esqueci de comentar uma mania (lembrada por um amigo muito querido) de ler e reler as coisas e ver e rever os filmes. Não sei se devo isso à memória de peixe dourado abençoada que eu tenho ou à simples vontade de ver as coisas que me agradam o tempo todo. Para ter uma idéia, já li O Príncipe (Maquiavel) umas quatro vezes e já devo ter visto Cães de Aluguel (Tarantino, para mim, é o melhor) outras tantas cinco.

      Acho que é isso. Na verdade, um blog seria mais um exercício de escrever, tenho sentido falta disso (resultado de tantos anos de formada e sem exercer a profissão?) e, como é de se notar, estou com uma dificuldade imensa em organizar idéias.

      Bem vindo e, se possível, enlouqueça também.