segunda-feira, 30 de agosto de 2010


Tentativa fútil de equilibrar a balança


        Esses dias, no ponto de ônibus, fiquei pensando em coisas que eu gosto de fazer. É um bom exercício, aconselho. A gente percebe que fica feliz com coisas pequenas. Resolvi escrever algumas aqui. Vai ficar besta? Sim. Inútil? Totalmente. Mas me deu vontade.

 
        * Gosto de cinema. As vezes, (e olha que não é raro) vou sozinha. As pessoas reagem: "Nossa! Que triste, que sem amigos", discordo. Brasileiro que tornou cultural ir ao cinema acompanhado. É algo que se pode fazer perfeitamente sozinho. Você não vê filme em casa? Cinema é mil vezes melhor.

        * Gosto, e muito, dos filmes do Tarantino!

        * Sou enlouquecida em três seriados: Lost (corre uma lágrima pelo meu rosto saudoso), Supernatural e Lie to Me. (Não, 24 horas não é seriado. Se vc acha que o Jack Bauer é genial, procure por Chuck Noris)

        * Gosto de tomar cerveja em bar que tem mesa e cadeira de plástico. São os garçons mais simpáticos e as melhores saideiras.

        * Gosto de futebol - na verdade, acho que gosto só do SPFC - e de handball... Mas assim, muito!

        * Pessoas com cílios longos me agradam. Segundo pesquisa, os seres humanos mais bonitos são aqueles que têm cílios compridos. (Não, não tenho cílios compridos. Sou a filha inteligente)

        * Sou noveleira nas horas vagas, alucinada em um Manoel Carlos. Confundo todos os personagens, histórias, esqueço tudo.. Mas gosto, mesmo assim! Mexicanas também, eu vi todas as marias... Do Bairro, Mercedez, do Mar... Todas! E A Usurpadora também!

        * Gosto de pessoas divertidas, muito mais do que das inteligentes.

        * Não sei se gosto de rotina, mas mudanças me assustam. Geralmente elas são boas, mas, até acontecerem, sempre me deixam a beira de um ataque de nervos.

        * Sou louca nos filmes do Stallone. Rocky é mais que filme! Tem também o Rambo, o Stallone Cobra, Daylight, (quem mais entraria em um túnel prestes a ser inundado para salvar pessoas?!) O Juíz e, o clássico: O Demolidor! Alguém, por favor, um dia, me conte como raios as três conchas são usadas?!? Ia comentar sobre os filmes, mas decidi que vou fazer um post só sobre o Stallone.

        * Gosto de falar, mas assim, muito também! (geralmente ninguém me entende, porque emendo um assunto no outro sem dar aviso prévio)
 
        * Maluca nos meus pais, na minha irmã e no Théo.
 
        * Gosto de remédios. O ser humano não foi projetado para sentir dores. Ameaçou ter dor de cabeça? Tome aspirina.
 
        * Amo frases de efeito. ("Os homens, em geral, julgam mais com a vista do que com o tato. Eis que ver é dado à todos, sentir, à poucos. Todos vêem o que pareces ser, poucos sentem o que és". A minha preferida na vida, do Maquiavel, em O Príncipe)

        * Gosto e, confesso, acredito em horóscopo e em "significado dos sonhos".

        * Não vivo sem fones de ouvido. Acho que essa invenção compete, facilmente, com a roda.

        * Gosto de animais, muito mais do que de pessoas.

        * Gosto do Jô, casaria com ele. É um homem muito inteligente e ninguém no mundo compete com aqueles óculos e gravatas dele!

        * Ironia e sarcasmo me apetecem. São as melhores conversas e piadas.

        * Gosto de tomar banho e escovar os dentes e, ambas as atividades me dão sede. (falo muito sozinha tomando banho)

        * Gosto de andar de ônibus, ou de carro e ficar olhando pela janela. (Metrô não me agrada, as pessoas não têm para onde olhar e ficam te encarando. Me sinto acuada)

        * Fico feliz fazendo Sudoku e palavras cruzadas.

        * Gosto de praia muito mais do que vou, efetivamente. Minha cor "morenacordejambo" fala por si só. Não gosto de areia... Estranho, né?

        * Gosto de ver os cardápios dos lugares e imaginar alternativas melhores. Alguns são muito confusos ou pouco estéticos. Deveriam dar mais atenção para esse tipo de apresentação. Sim, porque o cardápio não deixa de ser uma apresentação do lugar... Não?
       

        Tem muitas outras coisas, mas vou ficar por aqui. Não consigo nem pensar em um desfecho decente para esse post. Mas, acho que nem precisa, né?

 

terça-feira, 24 de agosto de 2010


Sinceramente? Por mim, bomba no mundo e começa do zero

"A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados"
Mahatma Gandhi


        Antes de começar a ler, dá uma olhada nesse link, senão, vou parecer uma maluca revoltada que só sabe reclamar das coisas (nota mental: detesto gente que só reclama e se lamenta).

        Se você não ficou com vontade de matar quem fez isso, por favor, vá para o inferno. Esse negócio de dar a outra face é muito bonito na teoria, mas, na prática, não tem sentido algum. Hamurabi é que sabia das coisas: "Olho por olho e dente por dente", que a "pessoa" (entre aspas, porque, para mim, essa coisa não é gente) responsável por essa barbaridade encontre alguém que tire seu escalpo também.

        Fico revoltada com essas coisas! Cada vez tenho mais certeza de que animais merecem mais respeito que seres humanos, aliás, estou desenvolvendo uma aversão imensa à essa espécie. Eu juro que não é demagogia, estou anos luz de ser uma Sonia Abrão da vida, mas, sério, não consigo entender o que se passa na cabeça de uma pessoa que comete essa atrocidade! Não faço idéia do autor, mas li uma frase, hoje mesmo, que caí como uma luva: "quanto mais você sabe, menos você entende".

        E pessoas que fazem rinhas? De cachorro, de galo, de passarinho, sei lá, de qualquer coisa... Quer brutalidade maior que essa? Não sei se vocês sabem, mas, um dia antes da briga, eles deixam o cachorro sem comer e, quando o colocam no ringue, passam pimenta na boca. Legal, né? Aí um monte de animal se junta para ver dois animais se matando. Cadê a graça? Acho que é doença isso, não sei!

        Quando eu era mais nova, (se falar pequena, quem me conhece, vai achar graça, tão engraçada a piada de "era?!?!") tinha curiosidade de colocar dois peixes beta no mesmo aquário, para ver se eles brigavam mesmo. Agora, olha a diferença entre uma pessoa como eu, relativamente normal, e de animais como esses soltos por aí: NUNCA coloquei isso em prática e NUNCA me passou pela cabeça realmente colocar. Foi só uma idéia idiota que surgiu sem querer na mente criativa e curiosa que vos escreve e, claro, não me orgulho disso.

        A propósito, acho que chamar alguém de animal, hoje em dia, é elogio. Animais não roubam, não matam, não xingam, não mentem... E a gente? Onde foi parar aquela racionalidade que bonito enche a boca para dizer que nos diferencia dos cachorros, dos gatos, dos bois e de todos os outros animais? Se alguém souber, me conte, porque eu não faço idéia.

        E aí, esses dias, um jornalista que muito estiMAVA, defende as touradas usando o argumento vazio - e sem conhecimento?? - de que "é mais do que uma matança de animais, trata-se, também de um ritual trágico, como os grandes sacrifícios do teatro grego, tourada é um teatro trágico, vivo, onde os dois podem morrer". (Podem ouvir aqui) Eu li, e me contem se eu estiver errada, que, antes das touradas, os animais são dopados. Realmente, palmas, Jabor, pé de igualdade total, heim??

        Para finalizar com chave de ouro, Jabor comparou as touradas ao UFC (Ultimate Fighting Championship). Com o perdão da ignorância, até onde sei, os dois lutadores entram no ringue de comum acordo, prontos, aptos e, porque não, ávidos pela briga. Agora, alguém perguntou para o touro se ele quer entrar na arena?

        Vou encerrar esse post enlouquecido, apresentando a vocês, o melhor ser humano que eu conheço: Com vocês, o amor da minha vida: Théo.


domingo, 22 de agosto de 2010


Sobre coisas que eu não gosto e curiosidades sem sentido

"A curiosidade é mais importante que o conhecimento"
Albert Einstein


        Esses dias, indo para a faculdade, passei por uma situação de estresse intenso muito corriqueira. A cena: ônibus abarrotado, calor e - o que realmente me incomoda - velhinhos de pé e homens saudáveis sentados fingindo que não estão vendo nada. Não acho que seja só uma questão de gentileza, vai muito além disso, é bom senso mesmo! São idosos, mulheres carregando crianças, grávidas, entende? Pessoas que, certamente, tem menos condições que você de ficar submetendo os joelhos aos solavancos do transporte público.

        Não sou politicamente correta 100% do tempo (duvido muito que alguém seja), mas gosto da idéia de "não faça aos outros o que você não gostaria que fizessem à você". Se todo mundo pensasse assim, talvez esse aqui fosse, senão um mundo melhor, pelo menos um pouco mais civilizado. Mas está bem, bem, longe de ser tudo da cor rosa que eu pintaria.

        Tenho raiva de gente que joga lixo na rua. Desde o papel do halls até a latinha de cerveja, usando o discurso vazio de que "latinha pode, as pessoas recolhem isso". Bituca também. Sinceramente não entendo qual é a dificuldade em apagar o cigarro e jogar na lixeira. Vocês sabiam que uma bituquinha demora mais de 15 anos para se decompor? 15 anos! (leia isso como um grito alucinado meu!) Todo ano, 4,5 TRIlhões (outro grito) de bitucas são jogadas por aí.

        Vi em uma matéria, uma vez, que, só em São Paulo, são recolhidas 300 toneladas de lixo por dia! Eu, sinceramente, não consigo sequer imaginar como seja. Já viram Wall-e? Recomendo! Mesmo porque, mais do que um desenho - longe de ser para criança - , considero quase uma previsão catastrófica do futuro! (redundância?) A idéia é mais ou menos essa: A humanidade lotou a Terra de lixo, a ponto de não ter mais condições de viver por aqui. Aí, construíram robôs, que deveriam limpá-la, enquanto os bonitos viajavam pelo espaço.

        Fico assustada quando penso em como as coisas podem ficar. Hoje em dia, fala-se tanto em desenvolvimento sustentável, mas, ao mesmo tempo, tem um golfo dentro da mancha de petróleo lá no México, sabe? (trocadalho do carilho) Os resíduos tóxicos estão dispersos em cerca de 35 quilômetros de mar!!

        Uma pausa no papo indignado... Falando em mar: Vocês sabiam que bacalhau não é peixe? Vou até colocar isso em negrito. Não é! Você não pesca um bacalhau, não existem cardumes de bacalhau. Bacalhau é, na verdade, o resultado de quatro tipos de peixe - esses sim, de verdade - depois que foram devidamente salgados! Muito mágico, minha vida se divide em antes e depois de descobrir isso.

        A propósito, a vida é uma coisa tão "esquisita". Já parou para pensar na quantidade de possibilidades que são jogadas na sua cara todos os dias? Se você está andando na Avenida Paulista, às 11 da noite, e prefere ir a pé do Trianon até a Consolação, sua vida toma um rumo. Você pode ser abordada por um bando de crianças loucas que, mais do que  levar seu celular embora, somem com sua dignidade e deixam aquele vazio que a sensação de impotência preenche tão bem, sabe?

        Agora, se você decide ir de ônibus, metrô, carona, bicicleta, o resultado é outro, completamente diferente. Escolhas! O tempo todo a gente faz escolhas que mudam o rumo de tudo! Já viram Corra, Lola, Corra? O filme mostra bem isso que eu tentei dizer, mas que ficou meio confuso. A Lola, personagem principal, tem um problema para resolver e, cada atitude que ela toma, reflete de um jeito no resultado. Assistam.

        Ah! O começo de Magnólia também é genial. Não tem nada a ver com escolhas, eu lembrei porque, sei lá! Lembrei! Tem uns seis minutos de vídeo, mas vale o tempo dispensado. O narrador fala sobre como as pessoas têm suas vidas atreladas à de outras. Como um evento pode estar ligado a outro e, eu, particularmente, não confio muito em coincidências... Nunca fui adepta do acaso... "This was not just a matter of chance, these strange things happens all the time".
       

quinta-feira, 19 de agosto de 2010


De tudo um pouco e praticamente nada sobre nada...


        Foucault dizia que deve ser dado ao "indivíduo a tarefa e o direito de realizar sua loucura". Interessante, ainda mais vindo de um livro publicado em 1979 (Microfísica do Poder). E se a idéia fosse levada em conta e todas as pessoas fossem obrigadas a exercer suas loucuras particulares - porque, claro, todos temos algumas várias, mesmo que muito escondidas.

        Se hoje em dia, as neuroses e manias já não são bem vistas, pensa antigamente. Fui dar uma olhada em algumas coisas (a boa e velha curiosidade que move meu mundo) e me surpreendi com alguns tratamentos usados na "cura". Por exemplo, vocês sabiam que, no século 5 a.C, eram feitos buracos no couro cabeludo do paciente para que - tentem não rir, a ignorância nem sempre é uma benção - os demônios (que obviamente são os que provocavam os transtornos) pudessem abandonar seu corpo??

        Tudo bem... Aí você espera que com o passar do tempo, as pessoas deixem de ter essas idéias mirabolantes. Mas, não! Aí surge um tal de Thomas Willis, um dos primeiros a escrever sobre loucura, dizendo que "disciplina, ameaças, algemas e bofetadas são tão necessárias quanto tratamento médico". O gênio aí acredita que os loucos eram como animais e, claro, porque não, deveriam aprender a ter medo e respeito (?!?!).

        Sempre vi nos filmes (um deles recente, O Lobisomem, com o genial Anthony Hopkins. Aliás, só ele para salvar um desses) pessoas sendo afogadas na tentativa de encontrar a cura. Os médicos acreditavam que, tendo as funções vitais suspensas, o cidadão teria a possibilidade de voltar a vida com maneiras "mais ajustadas de pensar". Então, o que eles faziam? Afogavam, esperavam ela retomar a consciência e afogavam de novo... Sucessivas vezes! Tudo isso porque a pessoa ouvia vozes? Achava que podia voar?

        Mania é uma coisa engraçada. Todos temos um "q" de Jack Nicholson em Melhor Impossível. Recomendo totalmente. Ele é um ator maravilhoso - falem o que quiserem, para mim, ele é o melhor coringa - e o filme mostra bem isso. Olhem só o começo. Apaga e acende a luz cinco vezes, lava a mão com dois sabonetes... Muito bom!

        Eu tenho minhas manias, quem me conhece sabe. Não entro em um lugar por uma porta e saio por outra, por exemplo. Não que eu vá me descabelar caso isso aconteça, mas evito! Não sei porque, deve ser dessas coisas que nasce com a gente, tipo cor do cabelo, altura, sei lá! Quando estou lendo um livro, paro sempre na página da direita, na segunda frase. Não sei se classifico como mania, mas, pelo menos, quando retomo a leitura, sempre sei exatamente onde estava.

        Já falei sobre ver os filmes 500 vezes? As cenas, então, nem se fala! Perdi a conta de quantas vezes já vi a cena da dança em Perfume de Mulher (se um dia eu casar, vou dançar esse tango no salão) ou as conversas entre o Campbell e o Bertier em Duelo de Titãs. "Left side, strong side"!! Poxa! Adoro filmes de times fracos que ficam fortes, de superação, qualquer coisa que envolva esportes. Se eu não caísse de amores por todos os gêneros, diria que esse é meu preferido. Mas, é mentira! Adoro os de máfia, os B, os de terror (Freddy Krueger, para mim, é uma idéia de vilão simplesmente genial! Não tem jeito, você não foge dele, ele aparece nos sonhos! E, uma hora, você vai dormir! Qualquer dia desses ainda faço minha lista top de vilões por aqui), os água com acúçar, os desenhos... Todos!

        Acho, também, que uma linha bem, bem tênue, separa as manias das superstições (palavra esquisita escrita, né?). Não passar embaixo de escada, não pegar sal da mão dos outros... Para mim, está tudo no mesmo pacote de insanidade nem sempre saudável, convenhamos. A definição perfeita é: "não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem".

        Falei demais já, não? Não sei nem mais onde estava. Fico por aqui, com algumas observações que queria fazer, mas não tentei encaixar no texto, ou porque não cabiam, ou porque me ocorreram agora. São elas:

1. Já me recuperei da eliminação da Libertadores. Só não me conformo em ter perdido para um time cujo o mascote é um SA-CI! (leia saci com indignação, as vezes, praticamente sempre, sou péssima perdedora)

2. Terça feira tive uma das conversas mais interessantes com um amigo querido. Conclusão: O que realmente importa está muito abaixo da superfície. Sim, as pessoas surpreendem, uma, duas... 50 vezes.

3. Resultado, ainda da conversa, foi a seguinte reflexão: E qual é o problema de ser vítima de vez em quando?

4. Existem, SIM, barras de cereal boas, gostosas mesmo! Recomendo a que achei recentemente, Corpo & Sabor.

5. E, confissão do dia: Acredito em ETs e acho que já vi um disco voador quando era criança.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010


Desabafo fora das quatro linhas


      Começo esse post com uma frase do treinador Bill Shankly: "O futebol não é uma questão de vida ou de morte. É muito mais importante que isso". Os são paulinos hoje (ontem os santistas), mais do que nunca, entendem o significado da citação.

      Dia de decisão é dia tenso. Você acorda, trabalha, almoça e respira pensando nisso. Não, não pense você, que não gosta de futebol, que isso é fanatismo, é bobagem... "Jogo? Jogo é tudo igual". Longe disso! Nunca solte essa frase perto de mim. Mesmo porque, é um dos poucos esportes em que o melhor nem sempre vence e é isso que tanto prende e encanta o torcedor. (o famoso clichê? futebol é uma caixinha de surpresas?!)

      Hoje tem jogo da Libertadores, SPFC e Internacional. Mesmo adversário que nos venceu em 2006. Gosto de revanche? Totalmente! Talvez... Mas muito mais que isso, é o jogo que nos leva ao Mundial, é o jogo que nos dá a possibilidade de mais um título.

      Não vou me alongar falando de regras, de jogadores, de estar enlouquecendo porque não fizemos gol fora de casa... Enfim! Quero compartilhar com vocês um dos defeitos que mais me incomoda: Ser ansiosa demais. E quando digo demais, é muito mesmo, em proporções inimagináveis.

      Segundo uma matéria, antiga até, da Superinteressante, "ansiedade é um sentimento típico de quem vive no futuro, se preocupando com as coisas que ainda vão acontecer". Perfeito! Quem é ansioso sofre duas vezes, antes e durante (o depois fica por conta de cada um). Some isso ao fato de que nós, mulheres, não produzimos, com regularidade, os hormônios estrógeno e progesterona, duas substâncias calmantes e antidepressivas, e, pronto: Você tem a perfeita fórmula da loucura com pernas!

      Pelo que eu li (esse é o link da matéria, recomendo) a ansiedade está relacionada ao nosso sistema límbico. Fui pesquisar - a curiosidade ainda me mata - e ele está relacionado ao hipocampo, hipotálamo, um monte de hipo e, - pasmem - às nossas amígdalas.

      Teoricamente, (e leia BEM esse teoricamente)  lesões nas amígdalas podem fazer com que as pessoas percam a percepção afetiva vinda de fora, ou seja, você, por exemplo, reconheceria uma pessoa, mas não saberia se gosta ou não dela.

      Não tente operar, por favor, como a Jane Goodale no filme Alguém Como Você (o original é Someone Like You e esse é o trailer). Esse, aliás, é um ótimo filme água com açúcar, mulheres loucas como eu devem assistir, rola uma identificação absurda, fora que rende boas risadas e, comentário feminino fútil, o Hugh Jackman é o Hugh Jackman.

      Por hoje, that's all, folks, (permitindo o plágio do fim dos desenhos). Escrevi demais, não sei se as idéias ficaram claras, mas, tentei!

      São Paulinos, muita calma nessa hora, nosso papel de torcedor é ter esperança até o apito final! É óbvio, mas preciso dizer que "o jogo só acaba quando termina"

      Mulheres com algumas decepções, assistam Alguém Como Você e me contem o que acharam depois. No mínimo, vão gostar do filme.

      Pessoas ansiosas... Bom, para vocês e para mim, não tenho recomendação nenhuma, a não ser: Arrume um saco de papelão. Faz bem respirar nele quando se "hiperventila", acredite. Aumenta a quantidade de gás carbônico no sangue o que alivia a falta de ar...


Futebol é assim, maloqueira de estádio desde pequena...
Vamos, SPFC!!!!
     

segunda-feira, 2 de agosto de 2010


Tentativa de introdução frustrada

"Sou composta de urgências; minhas alegrias são intensas, minhas tristezas, absolutas.
Me entupo de ausências, me esvazio em excessos.
Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos"
Clarice Lispector


        E é com a licença de Clarice que começo esse texto, porque, sinceramente, nunca li definição melhor para o que eu tenho sido em todos esses anos: puro excesso. Aliás, todas nós, mulheres, assim o somos. Exageradas, sempre um copo transbordando e, porque não dizer, loucas?

        Já ouvi muito essa frase: "Deixa de ser louca"... E não falo só de relacionamentos mal acabados, acabados ou a beira da morte. Falo de amigos, tititis, namorados, de, em geral, tudo que se movimente e seja um poço de testosterona. Mas, parando para pensar, "de perto, ninguém é normal". E comigo não seria diferente.

      Não, não pretendo escrever textos feministas ou de dor-de-cotovelo. Foi só uma introdução desfocada para que vocês entendam um pouco de como sou. Olá, essa sou eu, libriana, louca, são paulina e completamente exagerada.

      Não sei ao certo sobre o que pretendo falar em outras vezes - e pretendo escrever de novo? - só fui arrebatada por essa vontade repentina hoje. Mas, certamente, não vou escapar a vontade de escrever sobre três paixões: cinema, livros e futebol - sim, futebol. O que não quer dizer que eu veja os melhores filmes ou leia os melhores livros... Só torço para o melhor time!

      Aliás, eu vejo de tudo e gosto (pasmem?) de extremos. Por exemplo, dois dos filmes que eu mais amo (e, acredite, são muitos os que eu amo) são Rocky IV e O Poderoso Chefão III. Uma pausa para dois parênteses...


Parênteses 1: As pessoas classificam o Rocky como filme B. Ok, talvez até seja, mas vale procurar um pouco sobre os bastidores da história, como o Stallone teve que bater o pé para que ele e a paralisia facial fossem estrelas de seu roteiro. Além de consagrar uma das músicas que eu mais gosto, Eye of the Tiger. (se não ouviu - impossível - ouça agora!) O último Rocky, aliás, que tanto criticaram, para mim, é o segundo melhor da saga. Tem uma das falas mais incríveis que eu ja vi: (ah! eis outra paixão: sou tarada por diálogos e frases feitas, mantenho um apanhado de folhas e a tentativa de um caderno) quando o Rocko, para os íntimos, diz que "the world ain't all sunshine and rainbows...", mas isso já é tema para um outro texto inteiro.

Parênteses 2: Quem gosta mesmo de O Poderoso Chefão vai dizer que sou louca (?!) e que o melhor é o primeiro ou que os três são um só. Concordo com a segunda parte, mas o terceiro, em particular, me impressionou muito. O grito do Al Pacino - para mim o melhor de todos na face da terra - sem som, nas escadas do teatro... Nossa! Uma cena fantástica! (outra melhor, aliás, não por coincidência, também é com ele, em Perfume de Mulher) Mas tudo no O Poderoso Chefão é perfeito, os diálogos, o Marlon Brando, a cabeça de cavalo, o Sonny metralhado... Poderia enumerar cenas e fatos aqui até amanhã, mas, também fica para outra hora.


      Voltando... Esqueci de comentar uma mania (lembrada por um amigo muito querido) de ler e reler as coisas e ver e rever os filmes. Não sei se devo isso à memória de peixe dourado abençoada que eu tenho ou à simples vontade de ver as coisas que me agradam o tempo todo. Para ter uma idéia, já li O Príncipe (Maquiavel) umas quatro vezes e já devo ter visto Cães de Aluguel (Tarantino, para mim, é o melhor) outras tantas cinco.

      Acho que é isso. Na verdade, um blog seria mais um exercício de escrever, tenho sentido falta disso (resultado de tantos anos de formada e sem exercer a profissão?) e, como é de se notar, estou com uma dificuldade imensa em organizar idéias.

      Bem vindo e, se possível, enlouqueça também.